Um das principais queixas dos pacientes relacionadas a anestesia é a dificuldade de punção no acesso venoso. Vários são os motivos que podem de fato tornar o acesso venoso difícil frente ao preparo pré operatório ou para a realização de exames sob sedação como por exemplo o jejum prolongado, procedimentos recentes que necessitaram de punção venosa entre outros.
Aqui você encontrará algumas dicas do que podemos fazer para mitigar os riscos de uma punção difícil e até mesmo o que fazer caso apesar de todos os cuidados tenhamos dificuldade em uma punção venosa periférica.

Pontos importantes para atenção:
- Conversar com o paciente desde a avaliação pré anestésica para explicar que pode haver dificuldade
- Considerar e registrar os pedidos do paciente: alguns pacientes já avisam qual acesso venoso é mais difícil ou onde ele gostaria que o acesso fosse puncionado – é importante tentar seguir o pedido do paciente pois ele com certeza já passou por dificuldades para dar esta informação!
- Avaliar os sítios para punção cuidadosamente e com garroteamento adequado
- Aguarde um pouco após o garroteamento do membro para que as veias fiquem mais cheias antes da tentativa de punção
- Considere o uso de uma faixa de esmarch de distal para proximal, buscando facilitar o enchimento das veias no local da punção.
- Não tem uma faixa de Esmarch? Outra alternativa é a técnica do torniquete triplo! Só não se esqueça de retirar todos os torniquetes após a punção venosa! Confira aqui como é esta técnica!
- Evite angular muito o dispositivo intravenoso: isso facilita a transfixação da veia que pode gerar hematoma local
- Caso tenha a disposição você pode usar dispositivos como o VeinViewer ou ultrassonografia para identificar veias mais profundas e que não são visíveis ou palpáveis
- Converse com o paciente e explique para ele por que começamos a puncionar mais distalmente (mão) e depois vamos tentando as punções mais próximas
Confira as dicas do Prof Hadzic sobre acessos venosos difíceis aqui!