É essencial que o médico que se encontra na RPA saiba de tudo que aconteceu no intra operatório, as eventuais dificuldades encontradas e complicações que podem ter ocorrido para direcionar os pontos de atenção de possíveis complicações do pós operatório imediato. Tudo deve ser adequadamente registrado para que possa haver uma clara transmissão do cuidado.
Ainda na resolução 2174/2017 encontramos que:
“A documentação da anestesia no pós-operatório deve incluir, mas não se limitar à ficha de recuperação pós-anestésica, que deverá conter as seguintes informações:
a) identificação do(s) anestesiologista(s) responsável(is) e, se for o caso, registro do momento de transferência de responsabilidade na admissão do paciente na sala de recuperação pós- anestésica (SRPA); b) identificação do paciente;
c) momentos da admissão e da alta;
d) recursos de monitorização adotados, sob prescrição do médico anestesista, respeitada a monitorização mínima prevista no §6o do artigo 7o desta Resolução;
e) registro da consciência, pressão arterial, frequência cardíaca, saturação periférica de oxigênio da hemoglobina, temperatura, atividade motora e intensidade da dor a intervalos não superiores a 15 (quinze) minutos na primeira hora de recuperação; f) registro de outros parâmetros, por prescrição e orientação do médico anestesista; g) soluções e fármacos administrados (momento de administração, via e dose), sob prescrição do médico anestesista; e h) descrição da conduta do médico anestesista e de intercorrências e eventos adversos, associados ou não à anestesia, que tenham ocorrido na sala de recuperação pós-anestésica.”
Além de toda a documentação da monitorização é essencial o exame físico e avaliação periódica dos pacientes na RPA, considerando que alterações agudas podem acontecer, daí a necessidade de um médico estar presente e atuante na unidade, trazendo assim uma melhor assistência aos pacientes neste período.
Cuidados iniciais da admissão na RPA
Oxigênio suplementar
Sempre é importante o aporte suplementar de oxigênio na chegada da RPA devendo depois ser realizado o desmame até o momento de alta.
Aquecimento
Caso necessário pode-se utilizar dispositivos para aquecimento como por exemplo a manta de ar quente forçado.
Monitrização
A monitorização mínima deve ser composta por cardioscopio, pressão arterial não invasiva e oximetria de pulso.
Reposição volêmica
Pode ser necessário o ajuste volêmico e reposição adicional durante o período de permanência na RPA
Analgesia
Um dos principais pontos de atenção e possível necessidade de intervenção é o ajuste da analgesia aguda
Náuseas e vômitos
Náuseas e vômitos são complicações frequentes no pós operatório imediato
Tendo em vista todas estas potenciais situações é essencial a descrição detalhada das condições de admissão do paciente na recuperação anestésica.