Analgesia Copy

Talvez a complicação mais frequente com necessidade de intervenção na RPA seja o controle álgico agudo. Para isso devemos seguir alguns passos:

  1. verificar qual a técnica anestésica utilizada para a cirurgia
  2. verificar se foi ou não utilizada anestesia regional associada
  3. verificar se houve o uso de analgésicos não opioides: dipirona, paracetamol ou AINEs
  4. verificar as doses e tipos de opioides já administrados na sala de cirurgia

A avaliação da dor não é uma tarefa fácil e exige uma ampla explicação ao paciente, para que ele possa compreender adequadamente. A escala mais amplamente utilizada é a visual numérica, por sua simplicidade:

Um a Três (1 a 3) = Dor de fraca intensidade.

Quatro a Seis (4 a 6) = Dor de intensidade moderada.

Sete a Nove (7 a 9) = Dor de forte intensidade.

Dez (10) = Dor de intensidade insuportável.

Dicas sobre como interrogar o paciente sobre dor:

  1. Se não tiver dor, a classificação é zero.
  2. Se a dor for moderada, seu nível de referência a princípio é ao redor de cinco.
  3. Se for intensa, seu nível de referência é dez.

Na escala visual analógica deve ser mostrada uma régua de 0 a 10 para o paciente e pedir para ele apontar em qual local encontra-se sua dor: o = sem dor e 10 a pior dor possível, e aí quantificar mais uma vez numericamente a classificação da dor.

Como pudemos observar existem maneiras diferentes de avaliar a dor e este sempre é um desafio! Apesar de não fazer parte da avaliação direta, sempre é importante avaliar também os sinais vitais associados para ajudar a quantificar a percepção de dor como por exemplo a frequência cardíaca e pressão arterial que podem estar alteradas frente a um grande estímulo álgico.

O tratamento da dor deve seguir a chamada escala analgésica preconizada pela OMS, intensificando a potência dos agentes utilizados de acordo com o estímulo álgico, com reavaliações periódicas e aguardando o tempo de ação das medicações utilizadas.

De uma maneira simplificada, devemos seguir a seguinte ordem de condutas:

De maneira objetiva, quando o paciente refere dor moderada a intensiva, podemos titular o uso de opioides potentes como morfina em doses tituladas, desde que o paciente apresente-se desperto. Para isso devemos observar a escala de Richmond Agitation Sedation Scale (RASS) conforme algoritmo abaixo:

Richmond Agitation Sedation Scale

Sessler CN, Gosnell M, Grap MJ, Brophy GT, O’Neal PV, Keane KA et al. The Richmond Agitation-Sedation Scale: validity and reliability in adult intensive care patients. Am J Respir Crit Care Med 2002; 166:1338- 1344.

E lembre-se: nos casos de difícil controle álgico chame o coordenador ou faça contato com o grupo de dor para discutir as condutas e buscar ajuda! Juntos podemos nos apoiar e melhorar a qualidade da assistência prestada ao nosso doente!

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