Talvez a complicação mais frequente com necessidade de intervenção na RPA seja o controle álgico agudo. Para isso devemos seguir alguns passos:
A avaliação da dor não é uma tarefa fácil e exige uma ampla explicação ao paciente, para que ele possa compreender adequadamente. A escala mais amplamente utilizada é a visual numérica, por sua simplicidade:
Um a Três (1 a 3) = Dor de fraca intensidade.
Quatro a Seis (4 a 6) = Dor de intensidade moderada.
Sete a Nove (7 a 9) = Dor de forte intensidade.
Dez (10) = Dor de intensidade insuportável.
Dicas sobre como interrogar o paciente sobre dor:
Na escala visual analógica deve ser mostrada uma régua de 0 a 10 para o paciente e pedir para ele apontar em qual local encontra-se sua dor: o = sem dor e 10 a pior dor possível, e aí quantificar mais uma vez numericamente a classificação da dor.
Como pudemos observar existem maneiras diferentes de avaliar a dor e este sempre é um desafio! Apesar de não fazer parte da avaliação direta, sempre é importante avaliar também os sinais vitais associados para ajudar a quantificar a percepção de dor como por exemplo a frequência cardíaca e pressão arterial que podem estar alteradas frente a um grande estímulo álgico.
O tratamento da dor deve seguir a chamada escala analgésica preconizada pela OMS, intensificando a potência dos agentes utilizados de acordo com o estímulo álgico, com reavaliações periódicas e aguardando o tempo de ação das medicações utilizadas.
De uma maneira simplificada, devemos seguir a seguinte ordem de condutas:
De maneira objetiva, quando o paciente refere dor moderada a intensiva, podemos titular o uso de opioides potentes como morfina em doses tituladas, desde que o paciente apresente-se desperto. Para isso devemos observar a escala de Richmond Agitation Sedation Scale (RASS) conforme algoritmo abaixo:
E lembre-se: nos casos de difícil controle álgico chame o coordenador ou faça contato com o grupo de dor para discutir as condutas e buscar ajuda! Juntos podemos nos apoiar e melhorar a qualidade da assistência prestada ao nosso doente!